Cronograma da turma 1: |
1ª sessão - 15 de novembro,
quarta-feira, 19.00h - 21.30h
2ª sessão - 22 de novembro, quarta-feira, 19.00h - 21.30h
3ª sessão - 29 de novembro, quarta-feira, 19.00h - 21.30h
4ª sessão - 06 de dezembro, quarta-feira, 19.00h - 21.30h
5ª sessão - 24 de fevereiro, sábado, 8.30h -
13.30h |
Conteúdos: |
Sessões presenciais (15
horas) 1. Objetivos das tutorias e enquadramento legal •
Enquadramento legal das tutorias • Objetivos das tutorias (Casanova,
2012): assessorar os processos de aprendizagem cognoscível; ajudar o
aluno a conhecer-se e a aceitar-se; promover a reflexividade sobre a sua
personalidade, hierarquia de valores, critérios pessoais e capacidade
crítica; ajudar a consciencializar-se das suas dificuldades pessoais,
necessidades afetivas, segurança e autonomia; favorecer o
desenvolvimento de estratégias que ajudem à tomada de decisões. 2.
Modalidades e vertentes de atuação das tutorias Modalidades de
tutorias (Casanova, 2012): Tutoria interpares – aluno tutor; Tutoria
intercultural- aluno tutor ou professor tutor; Professor Tutor.
Vertentes de atuação dos tutores (Baudrit, 2009): Tutoria Cognitiva e
Tutoria Relacional Com a tutoria cognitiva pretende-se promover o
desenvolvimento: o de técnicas e habilidades para o estudo; da
compreensão e da eficácia de leitura; de competências relacionadas com a
autonomia pessoal e “aprender a aprender”; do reforço de matérias não
assimiladas; Com a tutoria relacional pretende-se fomentar as
seguintes competências: o a aceitação de problemas e de
responsabilidade para os resolver; a aprendizagem em situações de
stress; aprender a autocontrolar-se; aprender a pensar; aprender a
conviver; aprender a comportar-se; aprender a decidir; aprender a ser
pessoa. 3. Princípios da ação tutorial (Baudrit, 2009; Casanova,
2012) Princípio da implicação: Professor tutor, aluno, família e a
restante comunidade educativa deverão estar implicados no processo;
Princípio do co-protagonismo das partes: Ambas as partes envolvidas nos
grupos de Tutoria (Tutores e Tutorandos) devem participar e desempenhar
um papel ativo no desenvolvimento do processo; Princípio da
confiança: Deve ser proporcionado aos alunos um ambiente de confiança,
no intuito de incentivar a abertura do aluno para partilhar as suas
dificuldades/problemas/conquistas; Princípio da individualidade e
confidencialidade: O Professor Tutor, assim como outros agentes
educativos em articulação, devem atender e respeitar as características
específicas do aluno, mantendo a sua confidencialidade; Princípio da
avaliação: O processo de ação tutorial deve ser avaliado continuamente,
utilizando para o efeito a diversidade de registos escritos. 4.
Perfil e funções dos alunos tutorandos e dos professores tutores
(Baudrit, 2009; Casanova, 2012) Perfil do aluno tutorando - Uma
abordagem holística • Nível académico (aluno que revele: falta de
hábitos e métodos de trabalho/estudo; dificuldades de organização para o
cumprimento das tarefas escolares; pouca atenção e concentração
dirigidas à tarefa.) • Nível pessoal/afetivo (aluno que manifeste:
desmotivação; instabilidade emocional; baixa autoestima; passividade
excessiva/isolamento.) • Nível social (aluno que revele: dificuldades
de integração; sinais de negligência familiar ou proveniência de
estruturas familiares pouco funcionais; lacunas de formação a nível de
valores.) Perfil do professor tutor Ter facilidade em
relacionar-se, nomeadamente com os alunos e respetivas famílias; Ter
capacidade de negociar/mediar; Ter capacidade de trabalhar em equipa;
Ser coerente, persistente e assertivo; Ser um gestor de afetos;
Ter capacidade para proporcionar experiências enriquecedoras e
gratificantes para os alunos; Criar pontes com a comunidade
enquadrando, se necessário, apoio externo. Funções do professor tutor
Em relação ao aluno/tutorando: • Planificar (identificando com o
aluno as principais dificuldades que influenciam o seu processo
formativo; elaborando em conjunto um plano de ação tutorial) •
Facilitar a integração do aluno na turma e na escola, favorecendo
relações comunicativas e de intercâmbio com alunos, professores e
restante comunidade escolar • Acompanhar o processo de
ensino/aprendizagem (orientando para as mais adequadas formas de apoio
educativo que a escola oferece; desenvolvendo a autonomia do aluno na
sua própria aprendizagem mediante a aquisição de métodos e técnicas de
trabalho; promovendo o autoconhecimento do aluno para uma formação
integral) • Controlar o cumprimento do Plano de ação tutorial e o
envolvimento do aluno nos apoios educativos previamente negociados,
recolhendo feedback constante junto do diretor de turma, dos professores
e da família. • Avaliar de uma forma formativa e sistemática, com o
aluno, a evolução do processo. Em relação à família: • Recolher
informação sobre o aluno; • Informar sobre o comportamento,
estratégias de remediação, progressão ou regressão do quadro, avaliação;
• Promover a sua participação nas atividades de apoio à aprendizagem e
orientação dos filhos; • Facilitar a sua ligação com os professores
para a criação e desenvolvimento de estratégias; • Refletir e
avaliar o processo. Em relação à escola: • Recolher e cruzar
informação; • Coordenar as estratégias definidas com os professores;
• Participar no conselho de tutores. Em relação à comunidade: •
Fomentar pontes facilitadoras do processo de aprendizagem e
desenvolvimento pessoal e social do aluno com instituições vocacionadas
para o apoio e formação de jovens. 5. O professor tutor como elo de
ligação entre aluno / professores / EE / serviços de psicologia e ação
social (Baudrit, 2009; Casanova, 2012) O papel do professor tutor na
articulação entre o aluno tutorando, a família, serviços de psicologia e
ação social e a restante comunidade educativa. 6. Proposta de
intervenção em acompanhamento tutorial : elaboração de instrumentos de
diagnóstico, de observação e de avaliação Em pequenos grupos de
trabalho os formandos elaboram um Plano de Ação Tutorial devendo, para
tal, construir instrumentos de diagnóstico, de observação e de
avaliação. O Plano de Ação Tutorial destina-se a ser implementado no
âmbito do trabalho autónomo. 7. Momento de partilha Pretende-se
nesta sessão criar momentos de reflexão partilhada, a partir da
apresentação dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do trabalho autónomo.
Trabalho autónomo Nas suas escolas, os formandos
deverão implementar o Plano de Ação Tutorial construído no âmbito da
formação, no acompanhamento de um aluno tutorando.
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Metodologia: |
Com esta ação de formação
pretende-se não apenas promover a construção de conhecimento através dos
conteúdos abordados, mas também incentivar novas práticas pedagógicas e
sua reflexão crítica, no sentido de desenvolver quer a autoformação,
quer a inovação educacional. Nas sessões presenciais usar-se-á uma
metodologia teórico-prática, combinando momentos de exposição de
conteúdos com reflexão participada a partir de tarefas realizadas
individualmente e/ou em grupo. Na componente teórica será adotada,
por um lado, uma metodologia mais expositiva, centrada na transmissão de
conteúdos de referência e estruturantes e, por outro lado, a leitura
orientada de textos de natureza científica e normativa. A exposição
teórica será feita com o recurso a suportes audiovisuais e a textos
previamente selecionados, mas assumindo uma metodologia dialógica e de
interação permanente entre formadores e formandos. Na componente
prática, privilegiar-se-á uma dinâmica de natureza mais ativa, centrada
na discussão, partilha e reflexão entre os formandos, designadamente
através de: discussão em pequeno grupo sobre os conteúdos e materiais
selecionados, incutindo interações reflexivas no contexto da formação;
elaboração e apresentação de materiais, documentos e instrumentos
reformulados e/ou produzidos em trabalho de grupo.
Em termos de
trabalho autónomo, pretende-se que os formandos implementem nas suas
escolas o Plano de Ação Tutorial construído no âmbito da formação, no
acompanhamento de um aluno tutorando. Para o desenrolar da ação
estão previstos vários momentos que serão devidamente contemplados na
calendarização: 1º momento: Sustentação teórica (do ponto 1. ao
ponto 5. da secção “Conteúdos da ação – sessões presenciais”) 2º
momento: Em pequenos grupos de trabalho, elaboração de um Plano de
Ação Tutorial e construção de instrumentos de diagnóstico, de observação
e de avaliação (ponto 6. da secção “Conteúdos da ação – sessões
presenciais”) 3º momento: Nas suas escolas, os formandos deverão
implementar o Plano de Ação Tutorial construído no âmbito da formação,
no acompanhamento de um aluno tutorando (na secção “Trabalho autónomo”)
4º momento: Momento de partilha e reflexão partilhada, a partir da
apresentação dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do trabalho autónomo
(ponto 7. da secção “Conteúdos da ação – sessões presenciais”)
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