A MORTE E O LUTO EM CONTEXTO ESCOLAR:
O PAPEL DO DIRETOR DE TURMA NA CONSTITUIÇÃO
 DE UM “ETHOS” DE SUPORTE
(CCPFC/ACC-76700/14)

   

Modalidade:

 Curso de formação

Duração:

 25 horas presenciais
Créditos:  1
Destinatários:  Docentes do 2º ciclo, 3º ciclo e secundário preferencialmente a lecionar
numa escola da área do cfae maiatrofa
     
Formadora:  Ana Maria Andeiro Granja
Local de realização:  Escola Básica e  Secundária de Águas Santas
   
Calendário/Horário:  1ª sessão - 10 de abril, quinta-feira, 9h - 12.30h e 14h - 17.30h (7 horas)
 2ª sessão - 23 de abril, quarta-feira, 17.30h - 21h (3 horas e 30 min)
 3ª sessão - 28 de abril, segunda-feira, 19h - 21h (2 horas)
 4ª sessão - 6 de maio, terça-feira, 19h - 21h (2 horas)
 5ª sessão - 15 de maio, quinta-feira, 19h - 21h (2 horas)
 6ª sessão - 19 de maio, segunda-feira, 19h - 21h (2 horas)
 7ª sessão - 31 de maio, sábado, 9h - 12.30h e 14h - 17h (6 horas e 30 min)
   
Critérios de seleção:  No caso de haver um número de candidatos superior a 22,
 serão selecionados os primeiros (22) inscritos.
   
Objetivos e Conteúdos:  OBJETIVOS

1. Refletir sobre o papel dos afetos nas relações pedagógicas e suas implicações no espaço escolar

2. Contribuir para que os professores adquiram ou aprofundem os seus conhecimentos sobre o processo do luto

3. Refletir sobre os efeitos do luto nas várias dimensões da pessoa do aluno, nomeadamente o impacte dessa experiência emocional no seu desempenho académico

4. Refletir sobre a necessidade de o apoio a alunos em luto não depender apenas de iniciativas individuais mas de uma atuação articulada e consistente da escola enquanto instituição organizada

5. Refletir sobre o papel do Diretor de Turma na constituição de um ethos de suporte junto de alunos em luto

6. Promover a implementação, em contexto escolar, de estratégias de intervenção potenciadoras de uma educação para a gestão do luto e que sejam, concomitantemente, promotoras de um lidar pedagógico inclusivo


CONTEÚDOS DA AÇÃO

I. O Homem ocidental e a morte

• A morte enquanto fenómeno antropológico.

• Atitudes da contemporaneidade face à morte: sensacionalismo ou silêncio.

II. O luto e o sentimento de perda

• O conceito de perda na problemática do sofrimento humano.

• O carácter dinâmico do processo de luto.

• Fases e tarefas do luto.

III. Morte e luto na infância e na adolescência

• Conceito de morte numa perspetiva desenvolvimental.

• O impacto da perda de figura significativa na construção narrativa.

• Reações decorrentes da perda.

• A importância da expressão emocional e os riscos de um luto inibido.

• Fatores de risco e de proteção durante o processo de luto: noção de resiliência e mecanismos de coping.

IV. A educação enquanto acontecimento ético

 • Educação, humanidade e ética.

• O reconhecimento do Outro em mim: a necessidade de uma ética de compreensão, responsabilidade, acolhimento e cuidado.

• O papel dos afetos no âmbito de uma perspetiva educacional de matriz holística.

• Repensar o perfil de competências: o professor enquanto cuidador.

V. Repensar a educação para a vida, repensando os fenómenos de morte e de luto em contexto escolar

• No percurso de vida, a morte como tabu social e educativo.

• A necessidade de uma educação para a vida na sua relação com a morte e com o luto: marcos de uma perspetiva ética e pedagógica de responsabilidade pelo outro.

VI. O papel da escola no apoio a alunos em luto

• Dificuldades e necessidades formativas dos professores.

• Necessidade de uma modalidade formativa com enfoque na dimensão pessoal e ética do professor.

• O papel do Diretor de Turma na constituição de um “ethos” de suporte: potencialidades e constrangimentos.

• Estratégias de intervenção a implementar nas escolas.

VII. Avaliação final

• Auto e heteroavaliação.

• Avaliação da formação.

   
Metodologias:

 A ação de formação é desenvolvida em 25 horas presenciais.
Com vista a proporcionar situações de aprendizagem verdadeiramente significativas e potenciadoras de práticas pedagógicas transformadoras, pretende-se criar um ambiente de trabalho mobilizador dos contextos vivenciais e profissionais dos formandos. Para esse efeito, recorrer-se-á a várias metodologias, concretamente uma metodologia expositiva dos conteúdos essenciais e uma metodologia de cariz mais prático e interativo, fomentando-se situações de partilha entre os participantes a partir da reflexão e problematização dos conteúdos lecionados e sua mobilização e aplicação nos contextos pedagógicos em que cada um intervém.

Aulas Teóricas – Temas I, II, III, IV e V (15 horas)
Exposição desenvolvida pelo formador com interação dos formandos.
Aulas Teórico-Práticas
Tema VI (8horas): Partindo de situações de partilha entre os participantes, desenhar-se-ão cenários possíveis de mobilização dos conteúdos lecionados nos contextos profissionais de cada um dos formandos.
Tema VII (2horas): Avaliação final.

   
Regime de avaliação:

 Os formandos são avaliados de 1 a 10. Serão consideradas duas componentes de avaliação/classificação: a do trabalho presencial (com uma ponderação de 60%); e a do trabalho autónomo, através da redação de um documento de reflexão individual sobre a intervenção pessoal no processo de formação e a experiência pessoal derivada da participação na ação (com uma ponderação de 40%).